sexta-feira, 31 de julho de 2020

V Encontro Internacional SUPERTABi 2020

Estão abertas as incrições para o V Encontro Internacional SUPERTABi 2020, numa organização da Câmara Municipal da Maia com os apoios do CIEd da Universidade do Minho, CFAE maiatrofa, Fapemaia e Make it pedagogical (https://www.supertabi2020.com).
Esta quinta edição será a 1.ª totalmente online, depois de 4 edições que esgotaram sempre com mais de 1000 professores em 2 auditórios do Fórum da Maia... voltamos a contar convosco para o maior evento educativo de Portugal!

O programa está em atualização em relação aos excelentes convidados que nos estão a confirmar a presença, mas apresentamos, desde já, os nossos 4 keynotes internacionais que ajudarão a refletir sobre a aprendizagem ubíqua, modelos ativos de aprendizagem, espaços de aprendizagem e cenários de inovação pedagógica com tecnologia:
5 set - Shafika Isaacs - University of Johannesburg, África do Sul
12 set - José Manuel Moran - Universidade de São Paulo, Brasil
19 set - María Consuelo Sáiz - Universidade de Burgos, Espanha
26 set - Anne Adams - Open University, Reino Unido

Brevemente vamos atualizando e apresentando as novidades!

Podem inscrever-se em
saber mais ou diretamente aqui


domingo, 19 de julho de 2020

Educação AMADA: os 6 elementos principais de aula híbrida

Educação AMADA

Aprendizagem Mais Além Da sala de Aula



A aula híbrida ou semi-presencial da Promethean.
As novas diretrizes sanitárias obrigam a transformar com rapidez os cenários educativos com o fim de os adaptar a uma nova normalidade. O objetivo principal, é manter o ritmo das aprendizagens de milhões de alunos por todo o mundo, aproveitando as ferramentas digitais.

A Promethean propõe às escolas e universidades, uma sala de aula completamente equipada tecnologicamente, que irá permitir partilhar a mesma aula em tempo real e de forma simultânea, tanto aos alunos que participam presencialmente, como aqueles conectados de forma remota desde os seus dispositivos.



Os 6 Elementos principais numa aula híbrida ou semi-presencial

ACTIVPANEL ELEMENTS SERIES
O painel interativo da Promethean, como dispositivo na frente da sala de aula, ajuda os professores a partilhar aulas e conteúdos mais dinâmicos, interativos e promover uma maior colaboração.

COMPUTADOR
A Promethean oferece uma solução All in One sem cabos, com a possibilidade de integrar um computador OPS-M com Windows 10 no próprio painel. O ActivPanel Elements Series é também compatível com qualquer computador que o professor utilize em sala de aula, portátil ou de secretária.

APLICAÇÕES PARA A DUPLICAÇÃO DE DISPOSITIVOS
A aplicação Screen Share da Promethean, integrada no ActivPanel Elements Series, permite duplicar e controlar os dispositivos de aluno e colaborar a partir de qualquer lugar.

LIGAÇÃO À INTERNET
Uma boa ligação á Internet é fundamental para garantir que as ferramentas de colaboração, Screen Share e de videoconferência funcionam de maneira fluida.

CÂMARA
A escolha do tipo de câmara depende do espaço de sala de aula, do tamanho e organização. Pode ser instalada no teto, na parede frontal ao painel, a uma altura adequada, de forma a que se obtenha o melhor enquadramento do professor com o painel interativo.

SOFTWARE DE VIDEOCONFERÊNCIA
A instituição, elege o software de videoconferência que melhor se adapta às suas necessidades e implementações já existentes. A Promethean é compatível com todas as soluções existentes no mercado.

Saber mais em

sábado, 18 de julho de 2020

Projeto Inspiring Alumni - Marco Bento (Professor do Ensino Básico)



Entrevista completa em:

SEXTA, 17 JULHO, 2020
Considero determinante na minha vida a possibilidade e disposição de sempre estar a aprender e a reconfigurar-me para poder ser um melhor professor. Conviver com diferentes experiências, em diferentes Escolas de Ensino Superior, em Portugal e fora, permitiu-me contactar com outras realidades, outras pessoas, analisar diferentes visões e ir podendo construir a minha forma de pensar e criar Educação.

Marco Bento é licenciado em Ensino Básico – 1.º Ciclo pela Escola Superior de Educação de Coimbra. Tem uma Pós-graduação em TIC e um Mestrado em TIC, na especialização de Comunicação Multimédia, desde 2013.

Tem tido o reconhecimento internacional com prémios europeus, que reconhecem a melhor investigação na área das práticas pedagógicas com utilização do digital com crianças (2016) e sobre Ambientes Educativos Inovadores mediados por tecnologia (2018).

Desde 2014, tornou-se autor e responsável por diversas formações, workshops e comunicações sobre a utilização de dispositivos móveis e novos cenários de inovação pedagógica mediados por tecnologia em contexto educativo (mobile learning, ubiquitous learning, flipped learning, gamification, game based learning, project based learning, spaced learning, colaborative and cooperative learning scenarios,…).

Atualmente é investigador no Centro de Investigação em Educação (CIEd), da Universidade do Minho, estando na fase de conclusão do Doutoramento em Ciências da Educação, na especialização de Tecnologia Educativa, com um projeto financiado com uma bolsa de investigação científica atribuída pela FCT no Programa de Doutoramento Technology Enhanced Learning and Societal Challenges (TEL-SC).

Hoje, é também consultor pedagógico e assumiu desde janeiro de 2020 a Direção Pedagógica no Colégio Santa Eulália, em Santa Maria da Feira.

Faz parte de duas redes internacionais, a Rede COST- Digital Literacy Skills and Practices in the Early Years (DigiLitEY), na qual é co-investigador na ação "Competências de literacia digital e multimodalidade: práticas com crianças entre os 4 e 9 anos de idade" e a Rede Internacional de Investigação-Ação Colaborativa.

Participa ou participou em diversos projetos europeus como co-investigador: Gaming in Action, 12 Habits for Success, E-Learning course on Mobile Robotics for Adult Education: the fourth industrial revolution, Projeto FCT Rekindle+50 - Digital migrations and curricular innovation: giving new meaning to experience and rekindle teaching profession after 50, Bringing Life Into the Classroom.

Coordena desde há 4 anos o Projeto SUPERTABi (transformar as práticas pedagógicas através do uso de modelos pedagógicos centrados no aluno e mediados por tecnologias móveis, potenciando os novos espaços de aprendizagem), assim como Coordena os Encontros sobre Inovação Pedagógica SUPERTABi para discutir as três dimensões de investigação: pedagogia, tecnologia e espaço de aprendizagem.

Iniciou a sua formação como Professor do Ensino Básico em 2003 na Escola Superior de Educação de Coimbra. O que mudou no papel do professor desde 2003?

Sim, de facto terminei a minha formação inicial em 2003, trabalhei como professor contratado, durante 12 anos e o que fui experienciando e vivenciando traduziu-se em poucas alterações às dinâmicas pedagógicas. O papel do professor deveria ter mudado bastante, a sociedade evoluiu e a escola deveria liderar a inovação social e dar resposta à sociedade através das atividades pedagógicas com os alunos, mas ao invés disso, nem sequer consegue acompanhá-la. Criar projetos que os alunos desenvolvam por si, em momentos de cooperação e colaboração, tendo como meta a produção de um produto que se traduza na aplicabilidade do quotidiano, desenvolver atividades de comunicação, pensamento crítico, incluídos nas aprendizagens da literacia, numeracia e das expressões artísticas e físicas. Todos estes fatores deveriam constar num novo formato de professor. Defendo que um professor deve, hoje, conseguir interpretar o currículo e adaptá-lo ao seu público, saber flexibilizar sem ser por decreto, saber incluir em equidade e não em igualdade, dominar as dimensões pedagógicas, tecnológicas e reorganizar os espaços de aprendizagem. Essas competências farão desse professor alguém atual.

 Quais os momentos/experiências do seu percurso Académico que gostaria de destacar?

Acima de tudo o que mais saliento do meu percurso académico, numa primeira fase enquanto aluno da Escola Superior de Educação de Coimbra, foi o ambiente acolhedor que encontrei e o sentimento de pertença. As experiências de estágio ao longo dos vários anos da licenciatura foram determinantes para criar o gosto e a paixão pela Educação, mas também as amizades criadas entre professores, colegas e muitas que se mantém até hoje, já com algumas parcerias noutros projetos.

Porém, destaco o facto de não ter parado, enquanto professor, de continuar a ser aluno sempre. Considero determinante na minha vida a possibilidade e disposição de sempre estar a aprender e a reconfigurar-me para poder ser um melhor professor. Conviver com diferentes experiências, em diferentes Escolas de Ensino Superior, em Portugal e fora, permitiu-me contactar com outras realidades, outras pessoas, analisar diferentes visões e ir podendo construir a minha forma de pensar e criar Educação.

 Que sugestões daria a um estudante de Educação Básica para uma melhor integração no mercado de trabalho?

O melhor conselho que poderei dar é o de construir o maior número de experiências possíveis, desde visitar escolas e perceber que a realidade é dura e menos romanceada, mas muito mais desafiante. Conhecer desde logo esses desafios preparam-nos para uma melhor integração. Conhecer escolas de diferentes contextos, portuguesas e estrangeiras, abrem a nossa mente e forma de pensar, mas também nos confronta com o que vamos aprendendo enquanto estudantes, criam dúvidas e essas dúvidas levam-nos na procura de respostas. Frequentar eventos sobre Educação são uma excelente forma de conhecer salas de aula diferentes, ouvir as partilhas de práticas inovadoras de forma a não ficarmos presos à forma como vimos ensinar, mas criarmos a segurança de fazer diferente e por isso, tentar não ser um professor formatado pelo sistema e combatê-lo… mas só se consegue quando temos segurança e uma visão ampla sobre o mesmo.

Alguns dos seus trabalhos de investigação foram distinguidos com prémios europeus. Qual a importância que estes prémios tiveram no seu percurso profissional?

É um sinal de reconhecimento pelo trabalho realizado, desde logo do ponto de vista da investigação, mas também pela forma como nos permite criar pensamento sobre a mesma. Os prémios são resultado de um investimento na carreira de professor, que acabam por resultar no desenho e participação em novos projetos de investigação dentro do Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho, mas também pela possibilidade de colaborar ativamente em redes internacionais sobre investigação em Educação ou, mais em particular, abraçar novas formas de contribuir para uma melhor educação, seja enquanto Coordenador do Projeto SUPERTABi, Diretor Pedagógico do Colégio Santa Eulália ou Coordenar Projetos de Formação Contínua de Docentes em vários pontos do país e em estreita colaboração com a Direção Geral de Educação.

Em que consiste o projeto SUPERTABi?

O Projeto SUPERTABi pretende transformar as práticas pedagógicas através do uso de modelos pedagógicos centrados no aluno e mediados por tecnologias móveis, potenciando os novos espaços de aprendizagem. Ou seja, é um projeto em que os dispositivos móveis servem de apoio a uma nova dinâmica de sala de aula e ao desenvolvimento da aprendizagem formal, não formal e informal, integrados no sistema de ensino, sobretudo na reflexão e desenho dos novos ambientes pedagógicos de aprendizagem e a sua efetiva e competente utilização. O Projeto desenvolve-se desde há 5 anos e está neste ano letivo implementado em 14 turmas, do 1.º Ciclo do Ensino Básico, dos 7 Agrupamentos de Escolas do Concelho da Maia. O desenho de todas as atividades pedagógicas é feito tendo por base três dimensões investigadas no projeto de doutoramento: Pedagogia (consideramos as diferentes pedagogias como o mobile learning/ubiquitous learning, a aprendizagem cooperativa, aprendizagem colaborativa, aprendizagem invertida, aprendizagem baseada em projetos, aprendizagem baseada em jogos, gamificação, aprendizagem por narrativas digitais,...), Tecnologia (consideramos a fomentação do uso de recursos digitais, destacando as suas potencialidades para a melhoria das aprendizagem dos alunos, nomeadamente, os dispositivos móveis) e o Espaço (consideramos a redefinição dos diferentes espaços de aprendizagem, re-imaginando o espaço de aprendizagem: onde está o professor? qual é o seu papel? e os alunos? como estão os alunos dispostos para as diferentes atividades? Os espaços virtuais, os espaços exteriores, …).

É importante referir que este projeto se centra nos professores e no seu desenvolvimento profissional, com um modelo formativo anual, no qual todas as semanas temos criado um espaço “Casa do Professor SUPERTABi” de reflexão, partilha e formação, mas, que naturalmente, tem implicações no sucesso dos alunos e em todos os outros atores educativos.



Como surgiu o projeto?

O Projeto nasceu de uma investigação de Doutoramento em Ciências da Educação, na especialização em Tecnologia Educativa, no Instituto de Educação da Universidade do Minho, sobre o tema “Que fatores aumentam (ou impedem) o envolvimento dos professores na sua aprendizagem profissional sobre novas abordagens pedagógicas na era do mobile learning?”

Este projeto foi financiado pela FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia) numa bolsa de investigação científica que se inseriu no Programa Technology Enhanced Learning and Societal Challenges (TEL-SC), um consórcio entre as Universidades do Minho, Aveiro e Lisboa.

O Projeto iniciou-se com 2 estudos de caso. Após os primeiros resultados intercalares do projeto, o município da Maia começou a envolver todas as direções de escolas, associações de pais e, juntos, criámos um projeto municipal em que alargámos num primeiro ano a mais 7 professores e no segundo ano a outros 7, perfazendo o total de 14 atuais. Estamos neste momento a preparar o próximo ano letivo com mais 20 professores a serem preparados para esse novo contexto pedagógico. Saliento que ninguém é obrigado a participar, o projeto usa uma estratégia participativa e de disseminação por envolvimento e entusiasmo dos professores do 1.º CEB.

Considera que as escolas e os professores estavam preparados para o ensino a distância a que a realidade da pandemia os obrigou?

No caso dos professores do Projeto SUPERTABi [https://supertabi2020.blogspot.com/] foi muito mais fácil, porque existiam práticas e ambientes explorados previamente à pandemia que facilitaram a autonomia e continuidade de interação pedagógica, num ambiente virtual com alunos de 7, 8, 9 e 10 anos. Os pais também já estavam habituados a um conjunto de práticas curriculares que divergiam de um modelo centrado no professor para um modelo centrado na produção de conteúdos por parte dos alunos. O sucesso ou insucesso do ambiente online gerado pela pandemia foi determinado pelo grau de ambientação pedagógica com o digital que já existia em escolas por esse país.

Repare-se que de um momento para o outro o Ensino a Distância e, naturalmente, o uso das tecnologias digitais se tornaram uma espécie de “Novo Mundo” para o sistema educativo. É uma verdade que, para alguns de forma natural e para outros de forma mais obrigatória, porque foram obrigados a fazer uma migração rápida e pouco espontânea, levando naturalmente às “dores de crescimento” e a alguns erros naturais.

O desenvolvimento de práticas pedagógicas em ambientes mediados por tecnologia é agora uma realidade. Considera que esta situação vai alterar a aprendizagem em definitivo para um ambiente digital?

No caso do exemplo que aplicamos no Projeto SUPERTABi, o foco não está e nunca pode estar apenas na dimensão tecnológica, porque não se trata de colocar tablets nas mãos das crianças, mas sim, dar ferramentas pedagógicas aos professores e criar um ambiente de cidadania (hoje inclui o digital, obviamente) para que se criem desafios e atividades que, naturalmente, façam emergir a tecnologia nas atividades diárias. Não podemos continuar a fazer o que vemos na grande generalidade das práticas curriculares, lecionar o currículo sem percebermos se os alunos o aprendem e, para que isso aconteça, o foco não deve estar em mais ferramentas digitais, mas redefinir o que os alunos podem fazer com as mesmas. Não me parece que essa alteração esteja a acontecer, apenas estamos a verificar uma aprendizagem técnica do uso da tecnologia, os professores estão a dominar tecnicamente e a ganhar competências técnicas, mas quando continuam a fazer o mesmo exercício no digital, que antes era feito em papel, apenas alteraram o formato… é preciso colocar os alunos a produzir e a criar, usar a multimédia para produzirem conceitos, trabalhando a tutoria entre pares e, nesta fase, a aprendizagem invertida, que é claramente um modelo que mais se adequa nesta fase.

 De que forma este projeto poderá ajudar a mudar o papel do professor no ambiente educativo mais exigente que se vive?

Este projeto já redefiniu novas forma de ensinar e aprender e estes professores confessam que não sabem já ensinar de outra forma e não mais regressam à forma como o faziam. O professor de hoje não pode ser mais um transmissor de conhecimento, uma vez que a informação pode ser consultada a qualquer hora e qualquer lugar, por isso o tipo de trabalho deve ser de facilitador e orientador, ajudando os alunos a filtrar o que encontram ao invés de lhes transmitirem a informação.

Projeto SUPERTABi apresentado em Valongo


sexta-feira, 10 de julho de 2020

20 crianças de uma turma contactam com mais de 800 pessoas em dois dias

Investigadores estimam que 20 crianças de uma turma contactam com mais de 800 pessoas em dois dias.

Equipa de investigadores da Universidade de Granada concluiu que uma turma de 20 crianças do ensino pré-escolar ou primário terá contacto com mais de 800 pessoas em apenas dois dias e alerta para problemas do regresso às escolas em Espanha.



Uma equipa de investigadores da Universidade de Granada realizou uma análise que concluiu que uma turma de 20 crianças do ensino pré-escolar ou primário terá contacto com mais de 800 pessoas em apenas dois dias, o que levou os especialistas a alertarem para os riscos da falta de “rigor” no planeamento do regresso às escolas em Setembro em Espanha, depois de terem sido encerradas devido à pandemia de covid-19.
A análise teve por base as previsões do Governo espanhol e das comunidades autónomas sobre o regresso das crianças às escolas, tendo analisado os requisitos técnicos dos modelos traçados.
A 10 de Junho, a ministra da Educação espanhola, Isabel Celaá, anunciou que o Governo não considera necessário o uso de máscara nem o cumprimento do distanciamento social para as crianças dos primeiros quatro anos do ensino primário, por considerar tratar-se de grupos que se podem comparar a famílias ou coabitantes. Isabel Celaá sugeriu então que as crianças desses anos escolares “podem circular com tranquilidade, sem necessidade de manter uma distância de 1,5 metros”. Porém, os investigadores da Universidade de Granada analisaram o número de relações que cada turma poderá manter, com base nestes termos, e chegaram à conclusão que os cálculos contradizem a teoria de que se pode encarar uma turma de 20 crianças como um pequeno agregado familiar.
Assumindo que cada família é formada, em média, por dois adultos e 1,5 filhos menores (de acordo com a média em Espanha e supondo, por exemplo, que numa turma há dez estudantes com um irmão e outros dez que são filhos únicos), cada uma das 20 crianças de uma turma estaria exposta a um grupo de 74 pessoas no primeiro dia de aulas — isto se assumirmos que a criança não entrará em contacto com ninguém externo à própria turma ou ao seu agregado familiar. No segundo dia, o número de interacções das 20 crianças de uma determinada turma poderá “alcançar as 808 pessoas, considerando exclusivamente os relacionamentos [permitidos] sem distanciamento nem máscara da própria turma e das turmas dos irmãos e irmãs”, explica Alberto Aragón, professor catedrático da Universidade de Granada e coordenador do projecto. As estimativas prevêem ainda que, em três dias, poder-se-ão alcançar os 15 mil contactos.
“Se o número de alunos na turma subir para 25, como muitas concelhias sugeriram para que coincida com o rácio habitual, o número de pessoas envolvidas aumentaria para 91 pessoas no primeiro dia e 1228 pessoas no segundo dia”, acrescentam os investigadores num comunicado publicado no site da universidade.

Os especialistas alertam que um sistema “como aquele que propõem o Governo e as comunidades autónomas só poderá ter uma eficácia limitada para controlar o risco de contágio [do novo coronavírus], sendo especialmente ineficaz quando o número de alunos no seu núcleo é tão elevado”.

in Jornal Público de 17 de junho 2020

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Cursos de Verão 2020 para crianças

Cursos de Verão 2020 para crianças e jovens! Programação, Robótica e Youtuber! Reserve agora uma vaga!


Inscrições abertas!

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Formamos Pensadores, Criadores e Empreendedores do Século XXI.


sexta-feira, 3 de julho de 2020

A bolha "Actimel" da Escola Presencial

Ideias interessantes da nova Escola do Futuro...



A vontade de voltar às aulas presenciais é muita, certo? Concordo!
Mas vamos voltar às aulas presenciais, porque estamos tão cansados do pseudo Ensino Online? Na realidade, a primeira tomada de consciência deve e terá de acontecer, percebendo que nestes meses de imenso trabalho, de trabalho real e efetivo, que se traduziu em imensas horas de dedicação de muitos professores a um trabalho online, MAS, que não é o Ensino Online. Por isso, é com razão que poderão referir que não foi o melhor, mas o possível! Por outro lado, um Ensino verdadeiramente Híbrido é possível, mas não imaginem o que fizeram entre março e junho de 2020.
Por outro lado, somam-se imagens e contextos de algumas escolas portuguesas com espaços e palermices somadas... são os chapéus helicóptero, com alunos na expetativa de "vazar" um olho ao colega colaborativamente... são as salas de aula com acrílicos e separadores de secretária, que mais parecem um call center, um estabelecimento prisional em que cada aluno aguarda a sua visita, salas com separação de mesas e cadeiras e todas dispostas como se a viagem tivesse apenas um único sentido... o de não colaborar, cooperar, validando um tipo de ensino subjacente à memorização e modelo tradicional em que o professor é visto como um transmissor... e nesse caso... que venham os robôs!
Como adoramos importar asneiras... facilito e pergunto se as escolas não querem adotar as barras anti miopia chinesas, os recreios da prisão de Alcatraz... a simulação dos astronautas da estação espacial ou simplesmente as novas fardas das escolas mundiais... a famosa bolha "Actimel", que nos protege de forma segura tão eficientemente...
A tal escola presencial faz falta? Claro que sim, mas acima de tudo pela socialização e interação que dela necessitamos... pelo contributo que esta fornece ao desenvolvimento das competências hard, e sobretudo das soft... por potenciar a colaboração, a cooperação, a amizade, enfim... algo que nos faz sentir humanos!
Temos neste momento tantos resistentes à escola que aconteceu (porque aconteceu - melhor ou pior - mas aconteceu) neste 3.º Período, que gostaria de perceber se são estas ideias que preferem para uma escola de envolvimento, interativa e de índole humanista! A segurança é muito importante, não se pode negar... mas temos outros formatos e outras formas de potenciar a escola no presencial em época de covid!
Se a escola presencial for a bolha "Actimel", prefiro continuar num iogurte de pedaços... sempre fica menos absurdo! 







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