Não sei se será mais uma sequela do Indiana Jones ou a demanda dos Cruzados na época medieval... mas, voltamos a sentir nesta altura um ligeiro sentimento a filme já antes visto... "Em busca das aprendizagens perdidas".
"Voltar à escola física, neste 3.º período, resultará, em muitas salas de aula, na enorme ansiedade de se fazerem testes de avaliação no sentido de validar o que não se acredita como válido no online, mesmo reconhecendo todo o esforço tido durante o mesmo. (...) Assim, falar em recuperação de aprendizagens é falar na desvalorização de todo o trabalho realizado por alunos, professores e famílias, e repetirmos a mesma ideia pelo segundo ano letivo consecutivo."
Pois recuperar as aprendizagens é repensar a Escola na sua estrutura, como por exemplo:
- - Investimento na valorização dos professores
- - Investimento nos processos de formação e desenvolvimento profissional ao longo da vida, com uma melhor qualificação pedagógica na formação contínua e repensar os modelos de formação existentes
- - Investimento e reformulação da formação inicial de professores
- - Repensar o processo de avaliação docente, na necessidade de valorizar os docentes que levam a profissão a um estádio de eficiência e valor mais alto e mais longe
- - Realizar aferições internas (como é que não se poderiam não fazer?) e não uma avaliação classificativa de aprendizagens, personalizada a cada contexto
- - Desenvolver planos personalizados de ação, em que se definam os conteúdos ou os conceitos estruturantes de aprendizagem em cada área disciplinar
- - Encurtar os currículos obesos, pensando sempre em competências de aprendizagem
- - Apostar nos apoios educativos, criando a figura dos mentores e tutores, que podem assumir par pedagógico com os titulares de turma, para criar um guia personalizado para o aluno com base no diagnóstico anterior
- - Reduzir os alunos por turma, neste momento as turmas têm demasiados alunos que não permitem aos professores diferenciar da melhor forma as suas estratégias, com ou sem pandemia-
- - Recusar assumir o aumento de tempos ou dias letivos, uma vez que a quantidade não é sinónimo de qualidade
- - Desburocratização da escola, pois são demasiadas as tarefas de secretaria entregues aos professores, retirando-lhes o tempo para preparar pedagogia de qualidade
- - Terminar com as turmas de multinível no 1.º ciclo do ensino básico
- - Criar experiências culturais e artísticas interligadas com literacia e numeracia (resultado da ausência de cultura e a constante desvalorização curricular das expressões)
- - Garantir espaços temporais de criatividade e ludicidade na aprendizagem (não podemos pedir a um aluno para ser criativo e não lhe garantir o máximo de experiências possíveis)
- - Modernizar as redes de internet das escolas, garantindo uma rede de internet que fortaleça os modelos híbridos de aprendizagem
- - Não podemos abandonar os percursos digitais que se fizeram até ao momento, pois agora podem ser potenciados presencialmente
- - Auscultar os verdadeiros pedagogos (professores) para um desenvolvimento efetivo de escola
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